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OMiD Lança Curso Online Inédito de Etnomusicologia

A OMiD International Audio Academy lançou em julho o curso “Etnomusicologia Online: Pesquisando a música brasileira“, com duração de 10 semanas. Foi o primeiro curso online no mundo sobre o tema. Baseado no curso de pós-graduação “Introdução à etnomusicologia / antropologia sonora” do Departamento de Antropologia da USP, o curso familiarizou o aluno com esse campo de estudo por meio da música brasileira.

A OMiD recebeu com muito orgulho o Professor Dr. Tiago de Oliveira Pinto. Professor do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da USP, ele atualmente ocupa a cadeira de Etnomusicologia no Instituto de Musicologia na Universidade de Hamburgo. Além disso, ele já realizou pesquisas na África, Portugal, Turquia e em 14 estados brasileiros.

Etnomusicologia: Pesquisando a Música Brasileira

O Professor Tiago já esteve no espaço em palestras sobre Gravações em Campo, em 2001 e 2002, em nossos cursos de acústica e áudio. Na época, estes cursos eram dados em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), com certificado da própria universidade.

O Professor Tiago apresentou o seu já célebre curso de etnomusicologia que ministrou em instituições de renome (USP, Universidade de Humboldt de Berlim, Universidade de Hamburgo) e, pela primeira vez, em versão online na OMiD: “Etnomusicologia: Pesquisando a Música Brasileira“.

O curso se deu por meio de leituras de textos e realizações de exercícios teóricos e práticos. Também ficaram disponíveis aos alunos o chat semanal, para discussões com o professor, e o fórum virtual, para esclarecimento de dúvidas.

O curso Etnomusicologia consistiu destas 10 unidades:

1. Etnomusicologia: um “outro” conceito de ouvir, examinar e entender música
2. História da etnomusicologia no Brasil
3. Organologia: instrumentos musicais e suas funções
4. Investigação / pesquisa de campo
5. Tradição, musicalidade e cultura popular
6. Teoria / abordagens nativas
7. Estruturas musicais, sons, movimentos e sua análise
8. Práticas e conceitos de performance
9. Exemplos de uma “Etnomusicologia Aplicada”
10. World Music: a mundialização de sonoridades locais

A avaliação do desempenho do aluno foi contínua, pressupondo o acompanhamento do curso. Foi realizada uma prova intermediária. Ao final do curso, cada aluno apresentou um relatório/trabalho final que demonstrou a capacidade de articular. Fez-se uma apreciação musical de um projeto de pesquisa dentro dos conceitos da etnomusicologia.

Etnomusicologia:

Etnomusicologia é a disciplina que estuda o ser humano que faz música. Dá-se ênfase ao fazer musical e à criação que daí surge. Isso independentemente da origem cultural e do lugar geográfico da respectiva manifestação.

Aborda a música enquanto processo social e fenômeno cultural dinâmicos a partir de uma perspectiva multidisciplinar que integra conceitos da história da música, das ciências sociais, da lingüística, da filosofia, da geografia humana e demais disciplinas do homem, da cultura, e mesmo da física acústica e da biologia.

Há pouco mais de uma década, a etnomusicologia era inexistente no currículo dos conservatórios e das faculdades de música no nosso país, principalmente por tratar de manifestações não necessariamente pertencentes ao universo letrado.

Manifestações musicais, transmitidas oralmente, portanto não difundidas através de partituras, independem muitas vezes das regras formais ou da tonalidade da música ocidental, apresentando em geral uma forte ligação com redes de relações sociais ou culturais mais amplas.

Exigem dos pesquisadores um conhecimento mais aprofundado da sociedade em questão e a habilidade de entender outras civilizações. Dessa forma, alcança-se emancipação da crença na universalidade das normas, a etnomusicologia adota conceitos que possibilitam aos interessados na música alheia a também enxergar a própria cultura com outros olhos e a ouví-la com outros ouvidos.

 

Etnomusicologia do Brasil, etnomusicologia brasileira:

Os primeiros registros musicais feitos em pesquisa de campo antropológica no Brasil foram realizados entre 1907 e 1911 por pesquisadores antropólogos alemães, que gravaram cânticos dos Karajá, Makuxi, Taulipang, Yekuaná, entre outros povos indígenas da Amazônia. Inicialmente, a avaliação deste material sonoro, arquivado em museus de antropologia, ficava a cargo de musicólogos, que transcreviam para partituras os sons registrados tentando, desta forma, lhes extrair um entendimento mais aprofundado.

No momento, porém, em que os pesquisadores perceberam que somente a transcrição para a pauta musical não possibilitaria compreender e apreciar as músicas registradas – sendo necessário que se mergulhasse também na cultura de origem destes fenômenos musicais – nasceu uma forma de se investigar a música muito mais afeita às ciências da cultura, como a antropologia, do que à pesquisa histórica propriamente: a etnomusicologia.

Atividades etnomusicológicas brasileiras recentes ganharam peso na década de 1990, quando universidades incluíram a etnomusicologia nos currículos dos departamentos de música e de antropologia, inaugurando os primeiros programas brasileiros de pós-graduação na área. Hoje, diversos centros de pesquisa e, a Associação Brasileira de Etnomusicologia (ABET) já refletem um grande potencial de pesquisa e de projetos no Brasil, através da atuação de profissionais em instituições de ensino e graças a uma nova e engajada geração de etnomusicólogos.

 

Tiago de Oliveira Pinto:

PhD pela Universidade Livre de Berlim (1989), Tiago detém a cátedra de Etnomusicologia do Instituto de Musicologia da Universidade de Hamburgo desde 2007. É também Prof. Dr. do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador responsável do Grupo de Estudos de Som e Música em Antropologia (SOMA). Prof. Dr. hon. causa da Universidade de Leipzig (Instituto de Pesquisas Ibero-Americano). É ainda consultor do Departamento de Cultura Imaterial da UNESCO. Foi presidente da Associação Brasileira de Etnomusicologia (ABET) de 2004 a 2006. Antropólogo, com ênfase na Etnomusicologia. Pesquisa principalmente os seguintes temas: teorias de antropologia da arte e da música, música brasileira, música africana, desenvolvimento de bancos de dados sonoros, cultura imaterial. Atua também como curador de exposições culturais e de artes plásticas (entre outras, “Deuses Gregos”, FAAP, São Paulo, 2006).

 

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